Crer que Deus é Pai é um ato de fé e conversão, diz Bento XVI

30/01/2013 17:14

 

Crer que Deus é Pai é um ato de fé e conversão, diz Bento XVI

"Deus é um Pai que não abandona nunca os seus filhos, um Pai amoroso que sustenta, ajuda, acolhe, perdoa, salva...", disse o Papa.
 
Foto: Rádio Vaticano
O Papa Bento XVI prosseguiu nesta quarta-feira, 30, as reflexões sobre o "Credo" - profissão da fé católica, como tem feito desde a semana passada, quando falou sobre "Eu creio em Deus".
 
Nesta segunda reflexão, o Santo Padre concentrou os ensinamentos em torno da primeira definição de Deus que o Credo apresenta: Ele é Pai. Bento XVI ressaltou que quando a paternidade de Deus é professada, deposita-se a fé no poder do seu amor que no seu Filho morto e ressuscitado derrota o ódio, o mal, o pecado e abre a vida eterna aos que creem.
 
"Dizer 'Eu creio em Deus Pai onipotente', no seu poder, no seu modo de ser Pai, é sempre um ato de fé, de conversão, de transformação do nosso pensamento, de todo o nosso afeto, de todo o nosso modo de viver", explicou o Pontífice.
 
O Papa disse que o reconhecimento de Deus como Pai é uma tarefa dificultada pelo estilo de vida ocorrente principalmente no mundo ocidental.
 
Segundo Bento XVI, a vida familiar passa por diversas intervenções como os compromissos de trabalho mais exigentes, as preocupações, a dificuldade de enquadrar as contas familiares e a invasão dos meios de comunicação de massa na vida cotidiana. 
 
Com isso as referências de paternidade acabam ficando prejudicadas, diz o Papa. "Para quem teve a experiência de um pai demasiado autoritário e inflexível, ou indiferente e pouco afetuoso, ou até mesmo ausente, não é fácil pensar com serenidade em Deus como Pai e abandonar-se a Ele com confiança".
 
No entanto, o Santo Padre acredita que nos Evangelhos, a figura de Deus como Pai é construída, especialmente no Mistério Pascal de Cristo Jesus. O Papa citou alguns exemplos bíblicos que reforçam a imagem amorosa e paterna de Deus. A partir deles, é possível afirmar: "Deus é um Pai que não abandona nunca os seus filhos, um Pai amoroso que sustenta, ajuda, acolhe, perdoa, salva, com uma fidelidade que supera imensamente a dos homens, para abrir-se a uma dimensão da eternidade".
 
O Papa ressaltou que é necessário entender que o pensamento de Deus é diferente do pensamento humano. Suas vias diferentes e sua onipotência são diferente: não se exprime como força automática ou arbitrária, mas é marcada por uma liberdade amorosa e paterna.
 
Ao concluir a reflexão, o Santo Padre rezou pedindo a Deus que conceda a todos a graça do dom da filiação, "para viver em plenitude a realidade do Credo, no abandono confiante ao amor do Pai e à sua misericordiosa onipotência que é a verdadeira onipotência e salvação".
 
Fonte: Canção Nova Notícias
Da redação do Portal Ecclesia.
doutrinacatolica2012.webnode.com